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O Corpo Europeu de Solidariedade (CES), ou antigo Serviço Voluntário Europeu (SVE) é um Programa de financiamento da União Europeia que cria oportunidades para que os jovens possam fazer voluntariado, durante um período que pode variar entre 2 a 12 meses, num país da União Europeia ou país parceiro.

Durante esse tempo podes apoiar uma organização e projeto escolhidos por ti, numa área do teu interesse. Tens direito à viagem de ida e volta; alojamento e alimentação; dinheiro de bolso; seguro de saúde e curso de língua local. No final da tua participação recebes um certificado reconhecido a nível europeu, o YOUTHPASS.

Se quiseres saber mais, podes consultar todas as organizações acreditadas aqui e selecionar aquelas que mais gostas para te podermos apoiar no teu caminho.

Neste mapa podes ver todos os voluntários que a YUPI já enviou e recebeu ao abrigo deste programa.

Ficaste curioso? Com dúvidas? Visita-nos ou envia email para sve@yupi.pt com todas as tuas perguntas.

Entretanto deixamos-te alguns testemunhos:

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Luísa Ferreira

Índia, 6 meses

"Quando começou 2019 não imaginava acaba-lo deste lado do mundo. Desde que aterrei em Bhubaneswar há 2 meses, todos os dias são imprevisíveis e cheios de novidades, não fosse isto a Índia.

Numa cultura tão diferente e tão única, não conseguimos deixar de notar as diferenças de ser e de estar, que por vezes nos trocam as voltas e nos testam os limites do que achamos que sabemos sobre nós. Mas todas as dificuldades se dissolvem no meio de tudo o que há para absorver: o hinduísmo e as suas purjas e celebrações sem fim. O caril e o byriani, o roti e o chapati, o chai que já virou hábito. As mulheres de saree, bindis e mehendis, as danças com toda a classe e charme que se podem conceber. Os tuck tucks e o transito louco, as 200 selfies diárias pedidas na rua, a música, os cheiros, as cores, os sorrisos.. Enfim, tinham que ver!

Diariamente ensinamos inglês e matemática a crianças em contextos desfavorecidos, onde mais que ensinar, aprendemos. O restante tempo é passado entre a produção e distribuição de pensos higiénicos, dentro do programa Menstrual Hygiene and Management (MHM), onde junto de mulheres e adolescentes procuramos abordar o tema e toda a sua sensibilidade.

Esporadicamente visitamos o Lago Chilika, que ainda se encontra a recuperar após o ciclone Fani no início deste ano. Aqui podemos usufruir da paz que a natureza tem para oferecer á sombra de altos coqueiros, e da hospitalidade local, enquanto construímos e pintamos casas de banho.

2 meses de 6 passaram a voar, e já consigo adivinhar as saudades. Mas até lá ainda há muito que fazer."

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Pedro Santos

Grécia, 10 meses

"Sabia lá eu que ia terminar tantas tardes com o pôr-do-sol mais bonito do mundo sobre o Mar Egeu com o Monte Olimpo no horizonte quando soube que ia para a Grécia ser voluntário num projecto de SVE de comunicação e direitos humanos? Que aventura incrível!

No início de 2017 estava só à procura de um projecto internacional que me permitisse conhecer outras realidades e culturas. Sem pensar muito bem, acabei por embarcar numa aventura única e especial que me comprometeu com o mundo à minha volta e me uniu e entregou a dezenas de pessoas transformadoras cheias de ideias e experiências para partilhar.

Vivi quase um ano num lugar tão especial quanto a Grécia - um lugar tão próximo e tão distante. Conheci a cultura e a sociedade de um país que de semelhante a Portugal só tem mesmo o sol e alguma gastronomia. Tudo o resto é muito especial e particular. Trabalhei e partilhei casa com dezenas de pessoas vindas de toda a Europa e percebi, afinal, o tanto que nos une em vez de nos separar enquanto europeus. Envolvi-me em projectos e actividades de que já perdi a conta e de todos trouxe memórias muito boas. Desenvolvi as minhas capacidades relacionadas com a comunicação e com os media a um nível que nunca tinha imaginado e compreendi o papel que a educação não formal pode ter na potencialização de cada um de nós em diferentes contextos e como isso pode transformar o mundo!

Foi um ano muito intenso cheio de memórias, conhecimento e experiências. Mas foi sobretudo um ano que me fez crescer enquanto pessoa atenta à realidade que me rodeia e conectada com as pessoas com quem me cruzo.

Estou convencido que, para construirmos uma Europa melhor e enfrentarmos os desafios globais, a nossa sociedade precisa de mais pessoas com experiências semelhantes às que a YUPI e todas as organizações que promovam programas de mobilidade internacional proporcionam. Hoje não perdia meio segundo para repetir uma aventura assim. Posso dizer com certeza que é uma experiência transformadora que não tem preço e desafio todos os jovens a lançarem-se na grande aventura que é o SVE e o Erasmus+."

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Jorje Moreira

Holanda, 3 meses

Assim foi a minha experiência SVE na Holanda. Estas fotos são apenas um resumo muito pobre a respeito de uma experiência riquíssima.
Há quem considere, que três meses não são o suficiente para algo que valha a pena viver noutro país. Pois bem, é mentira. Vivi cada mês a dobrar, e intensamente. Tive tempo para tudo, desde o desenvolvimento do meu projeto ao crescimento pessoal. Nada ficou alheio, ou regado de arrependimento. Na verdade, esta experiência salvou-em de um ano catastrófico. Curso concluído, sem emprego e inúmeras tentativas frustradas. O SVE na Holanda, foi tudo o que precisava para confirmar o que eu chamava de dúvidas existenciais.
Na Richter Foundation, sediada na localidade de Den Helder, fui recebido de forma espetacular. Recebi muitos presentes e mudei três vezes de quarto. Trabalhei num projeto, o qual já tinha na manga desde longa data, que me permitiu fundir Arte e Psicologia. O projeto "Prometheus" foi uma concretização árdua, mas gratificante em todos os sentidos, na medida em que ensinei e aprendi. As pessoas ainda nos podem surpreender pela positiva, verdadeiras caixinhas de surpresas.
Sempre me disseram que queria levar a término algo bastante ambicioso em tão pouco tempo, porém isso não foi impedimento para que se tornasse real, e efetivamente foi. Em três meses descobri bastante sobre mim ao ponto de já nem me olhar da mesma forma. Foi algo deveras transfigurador. Fiz de tudo o que se podia fazer num país como a Holanda, ao ponto de deixar saudades e estender a três dias a missão de dizer "adeus" a quase todos.
Após o investimento no sucesso do meu projeto, investi naquilo que está na génese de quase todos os portugueses, sair, descobrir e conquistar. Não posso dizer que palmilhei a Holanda de lés-a-lés, mas que o principal foi conseguido. Absorvi locais, espaços, tradições, Cultura e as gentes holandesas. Perdi-me, encontrei-me e fui um grande pendura das bicicletas alheias.
Não me perguntem se me arrependo de algo, porque não. Se pudesse repetia tudo de novo, e em dose dupla ou tripla. O que me reserva o futuro, isso é uma incógnita. Contudo voltei decidido a não perder a independência e o amor-próprio que conquistei na Holanda. Muito obrigado à YUPI por me ter enviado, à Richter Foundation por me ter recebido, à GGZ Noord-Holland-Noord por me ter realizado e ao Programa Erasmus+ por possibilitar tudo acontecer.

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Gabriela Caldeira

Grécia, 6meses

When saying goodbye is the best reward you can have !!
About a year ago I decided it was time to embark on a new adventure, to jump the wall and live something I had never experienced, in a new place with new people and cultures.
The only certainty I had in mind is that I would like to dedicate this time to doing something I truly love, almost like the realization of a dream. And that's how opportunities came to live 6 months in Greece in a train wagon parked on a beach somewhere in Glyfada working on sea turtle rehabilitation.
Yeah, this looks really amazing and actually it is!
Archelon gave me the opportunity to work through its European volunteer project for young people (EVS) to work in its sea turtle "hospital", a species that this association protects and why it was founded.
Here every day is different, despite all the daily routines and procedures that we have to follow to the letter, the truth is that we are working with animals so one day is never the same as the other.
With a multi cultural team that I can practically call family, we work hard every day for our purpose, save / rehabilitate as many turtles as possible. Our mornings are filled with miscellaneous tasks, which include cleaning animals and places where they pre-emerge, treatments, medications, observation of behavior, feeding among many others.
All the daily victories are lived intensely, seeing our animals begin to recover is the best daily motivation we can have.
It is then that after all this process that sometimes very long that we arrive at the final stretch, straight that one that gave the name to the title of my article.
Release our turtles to where they belong, the ocean!
This is the icing on the cake, one of the best feelings you can experience, a "mission accomplished".
I finish my story / article thanking all the people who during these months in Greece shared with me their time, love, knowledge, joy and also some sorrows. This was undoubtedly one of the best experiences I have ever experienced.
I hope that all those who would like to experience something like this get the opportunity to do so, because spending time in our lives to help those who need it brings more rewards than we can imagine.

Together we can change the world !!

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André Pereira

Islândia, 5 meses

"Parece que foi ontem que cheguei a este país. Ainda me lembro de quando estava a aterrar, de ver uma paisagem tão diferente, tão desértica. Na altura pensei: “O que é que tu vais fazer 5 meses aqui?! Volta para trás!”. O início foi atribulado. Partilhar casa com cerca de 15 pessoas, de países diferentes, algumas já adaptadas ao país, e eu alí no meio.

Hoje, percebo que participar neste projecto foi a melhor decisão que tomei e era exactamente o que eu precisava! A quantidade de pessoas que conheci até agora é surreal e, com isso, vem todo o crescimento pessoal que uma experiência deste tipo proporciona.

Os meus projectos de voluntariado duram cerca de 2 semanas e são realizados um pouco por toda a Islândia, sempre focados num problema ambiental. Por isso, para além de contribuir com algo positivo para o ambiente e de conhecer pessoas de todos os cantos do mundo, consigo visitar quase toda a ilha!

Ainda custa a acreditar que praticamente metade do tempo previsto para o meu projecto já passou! Definitivamente, a Islândia já é como uma segunda casa."

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